quarta-feira, 4 de julho de 2012

Reajuste de servidores pode ter impacto de R$ 10 bilhões



De olho na crise internacional, que na avaliação do governo, ainda não foi sentida pelos brasileiros, a presidente Dilma Rousseff considera delicada a proposta de autonomia aos demais poderes para reajustar salários, aprovado em um trâmite inicial da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O mecanismo, aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, reajustaria um percentual automático das remunerações de servidores do Legislativo, do Judiciário e do Ministério Público. Nos cálculos do governo, o impacto no orçamento do ano que vem pode chegar a R$ 10 bilhões.
"É quase metade do Bolsa Família", destacou a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação política do governo. Em café da manhã com jornalistas que cobrem Presidência, Ideli comparou o volume que pode ser gasto com reajuste das categorias ao recém-lançado pacote de compras governamentais lançado para injetar recursos da economia. O volume do plano é de R$ 8 bilhões.
Na noite desta terça-feira, a presidente Dilma Rousseff vai jantar com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), além da própria Ideli para discutir assuntos de interesse do governo.
"Nós temos uma situação grave internacional, que o Brasil tem conseguido enfrentar. Tudo leva a crer que esta situação internacional, essa crise deve perdurar muito além do que todos nós gostaríamos e é claro que essa harmonia entre os poderes tem de ser mantida para que o enfrentamento tenha eficácia, seja eficiente", disse Ideli.
"A crise não bateu no cotidiano das pessoas (...). Se a gente não cuidar, vai haver aceleração da crise, não do crescimento", alertou a ministra. Segundo informações do Executivo, a proposta reajustaria os salários do Judiciário em 56%, que atinge cerca de 120 mil servidores.
"A prioridade do Brasil é que os efeitos da crise que não foi criada por nós (...) nos afete. Que nos impeça de crescer e distribuir renda", disse a ministra. Segundo Ideli, o jantar de hoje será um instrumento para "harmonizar mais" a relação entre o Planalto e o Congresso Nacional.




*Fonte: Terra: www.terra.com.br

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