sábado, 6 de março de 2010

PRIMEIRA VITÓRIA - SINDALESC COMEMORA

Terceirizados do setor de comunicação da Assembleia Legislativa serão demitidos. Sete jornalistas aprovados no último concurso serão chamados.
Upiara Boschi upiara.boschi@diario.com.br Nem chamar mais concursados para a comunicação da Assembleia Legislativa, nem renovar o contrato com a empresa responsável pelos 42 funcionários terceirizados para a área.
O presidente da Casa, Gélson Merísio (DEM) anunciou nesta terça-feira que vai manter a convocação de apenas sete jornalistas, como prevê o edital do concurso, e que vai encerrar o contrato com a empresa Primer no fim de abril.
A decisão joga um balde de água fria tanto nos 20 jornalistas terceirizados que atualmente trabalham na comunicação do legislativo quanto em quem tinha esperança de que fosse ampliado o número de vagas no concurso realizado em 10 de dezembro. — Esses 20 vão ter que ser supridos por sete. Acho que com eles, mais os da casa, é possível redimensionar.
Se não for possível, fazemos outro concurso — destaca o presidente. Atualmente, a Assembleia tem 40 servidores nomeados na área de Comunicação Social. Mas boa parte deles não é jornalista por formação ou não estaria habilitada para trabalhar em televisão — área onde atua a maior parte dos terceirizados.
Alguns dos efetivos atendem questões administrativas e realizam trabalhos como clipagem (seleção de notícias encaminhada diariamente aos deputados) e distribuição de jornais. Desde 2004, a Assembleia mantém contrato com a Primer para a área de Comunicação. Foram 24 aditivos desde então, o último vencendo em 30 de abril.
Além dos 20 jornalistas, são terceirizados dois fotógrafos e 20 técnicos (cinegrafistas, operadores de mesa de som e vídeo, entre outros). Segundo a Assembleia, o contrato com a Primer — atualmente com valor de mensal de R$ 215 mil — também prevê o aluguel dos equipamentos.
Merísio diz que, a partir do fim do atual contrato, a Assembleia vai abrir edital para um novo aluguel de equipamentos, incluindo funcionários terceirizados para as funções técnicas: — Os jornalistas serão todos concursados.
Para que os técnicos fossem concursados, nós teríamos que comprar o equipamento. Tem cabimento a Assembleia comprar uma câmera que em alguns anos vai estar obsoleta? Nosso objetivo aqui não é fazer televisão.
Concurso não será usado para ampliar o quadro A possibilidade de aproveitar o concurso em vigor para para ampliar o quadro é descartada por Merísio, mesmo que o edital preveja a possibilidade dele ser usado para vagas que ainda venham a ser criadas: — Não acho legítimo chamar mais pessoas desse concurso.
Estava dimensionado para um número de vagas. Se fossem mais, com certeza outras pessoas teriam tentando. Lançado em outubro de 2009 com a previsão de 56 vagas para diversos cargos, o concurso público da Assembleia foi alvo de diversas polêmicas. A prova foi realizada duas vezes, pois a primeira foi cancelada após denúncias de que algumas questões haviam sido copiadas de outros concursos.

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